AMA Matutu: janeiro 2011

Curta "Com os pés na cabeça"

A AMA Matutu apóia o projeto do curta “Com os pés na cabeça” com a direção de Gabriela Liuzzi Dalmasso e Tiago Scorza. A primeira etapa da realização do filme deu início em janeiro de 2011. A equipe do projeto avançou na preparação do filme que será filmado no Matutu. O roteiro foi inspirado nas histórias do povoado mineiro da Serra da Mantiqueira, no embate entre o homem rural e urbano através do olhar das crianças. O projeto prevê a participação de atores locais e para isso foram realizadas no Casarão, atividades iniciais de preparação de elenco e testes com a participação de 40 moradores da região.

A preparadora de elenco Layla Roiz e os diretores Gabriela Liuzzi Dalmasso e Tiago Scorza

Durante quatro dias, a preparadora de elenco Layla Rois e os diretores Gabriela Liuzzi Dalmasso e Tiago Scorza, fizeram testes com pessoas da região para formação do elenco.

Os testes aconteceram no Casarão, sede da Associação de Moradores e Amigos do Matutu

Para saber mais sobre o projeto acesse o blog http://comospesnacabeca.blogspot.com

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O Vale do Matutu é um bairro rural do município de Aiuruoca-MG, e está distante cerca de 17 quilômetros da sede municipal. Compõe a microbacia do Ribeirão da Água Preta, cujos primeiros habitantes, acredita-se, tenham chegado no movimento da atividade mineradora do século XVIII e, posteriormente, da expansão da cultura cafeeira que se abateu na região em meados do século XIX. É importante lembrar que, na história mais antiga, encontramos sinais claros de que a região fora habitada por tribos indígenas, do tronco Guarani, que se instalaram nas proximidades das encostas da Serra do Papagaio.

A localidade, historicamente organizada em fazendas para a produção agropecuária (café, depois a pecuária leiteira e culturas de subsistência como milho, feijão e mandioca), passa por um processo de transformação a partir da década de 1970 e, principalmente 1980, com a chegada de moradores de origem urbana e com a criação da APA da Mantiqueira que começa a impor um novo modelo de uso e ocupação de solo, já que as formas tradicionais de implantação de pastos e roçados, mediante o desmatamento e a utilização do fogo, se tornam ilegais e cada vez mais coibidas pelo poder público e pelos novos moradores. Estes últimos tendendo cada vez mais a valorizar as áreas de matas e a favorecer o processo de regeneração de antigas áreas devastadas pela cultura do gado.

Ao longo das últimas décadas foi se conformando então uma nova realidade socioeconômica e cultural no Vale, em que moradores de origem urbana e de origem rural vem buscando criar canais de diálogo que favoreçam a formação de uma identidade comunitária única, bem como a organização local em torno dos interesses que afetam a todos na localidade.